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O mercado de café e suas perspectivas para os próximos anos

Quando se fala em commodities agrícolas, a volatilidade dos mercados é um tema presente. Trata-se de um setor da economia marcado por variações de preços, índices de produtividade, previsões de safras, variações climáticas e oscilação cambial. No caso do mercado de café, uma das principais commodities agrícolas do Brasil, essa dinâmica tem afetado bastante os preços do produto.

Somos o maior produtor e exportador de café do mundo, e qualquer mudança na produtividade brasileira afeta seus preços internacionais. Assim, é fundamental que o agente de qualquer etapa da cadeia produtiva do café esteja por dentro das tendências do mercado e das perspectivas.

Por isso, trazemos aqui uma análise do momento atual do mercado de café e as perspectivas para os próximos dois anos em termos de oportunidades e desafios. Leia a seguir!

Momento de preço elevado no mercado de café

Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), desde outubro de 2020, os preços do café arábica vêm subindo regularmente. Essa alta nos preços pode ser explicada por uma série de fatores.

O primeiro fator é a menor produtividade da bienalidade da safra 2020/2021. A esse fator, soma-se uma prolongada estiagem em algumas regiões produtoras, o que comprometeu o desenvolvimento dessas lavouras. O resultado foi uma quebra de safra em um ano de baixa produtividade.

Esse cenário de preços elevados e menor oferta deve se manter por mais tempo, porque a perspectiva para a próxima safra também é de quebra.

Safra seguinte deve manter preços elevados

Após uma quebra de safra, há sempre a expectativa de melhora no ciclo seguinte. Porém, esse não é o cenário futuro no mercado de café.

“O potencial de recuperação da próxima safra de café continua comprometido por questões climáticas”, explica Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, empresa de consultoria especializada em agronegócio. “Tivemos novamente uma forte estiagem em abril e maio deste ano, com temperaturas muito acima da média em algumas regiões. Para piorar, as geadas vistas recentemente devem afetar a produtividade nas regiões que sofreram com esse frio, que também foi muito acima do esperado.”

Influência do câmbio elevado

Além dos fatores climáticos, o dólar valorizado e com alta volatilidade também tem sido determinante para o mercado de café.

“Esperávamos um dólar abaixo de R$ 5,00, mas a moeda acabou chegando perto da linha de R$ 5,60, além de sofrer muitas oscilações causadas por fatores internos e externos”, avalia Barabach. “Tudo isso cria um cenário tanto para produto disponível quanto para fixação de safra nova, com cotações acima de mil reais a saca. É um preço alto bastante firme, que deve se manter ainda por um bom tempo.”

Desafios futuros do mercado de café

Gestão financeira mais eficiente e oportunidades de nicho são dois desafios que os agentes da cadeia de café terão pela frente. Há a percepção de que o setor já evoluiu nos dois temas, mas ainda há muitas oportunidades a ser exploradas.

Gestão financeira

A combinação de quebra de safra e preços elevados no mercado põem o produtor diante da necessidade de uma gestão mais eficiente de seu negócio. Na avaliação de Barabach, quem soube administrar bem seus custos de produção – que também subiram – conseguiu garantir uma margem vantajosa.

“Esse é um processo que passa pelo desafio da capacitação financeira em um setor que, cada vez mais, demanda um perfil mais profissionalizado na gestão financeira”, afirma Barabach. “Não importa o tamanho do produtor ou da cooperativa ou da indústria. Todos precisam entender melhor como fazer uma boa gestão financeira, como utilizar ferramentas, tecnologias e recursos disponíveis no mercado de operações financeiras. E hoje já existe um fluxo muito variado de serviços e ferramentas. É um cardápio que vem crescendo, e é preciso utilizá-lo para ter bons resultados.”

“Na prática, isso significa fazer investimentos e utilizar soluções financeiras buscando ganhos de rentabilidade e desempenho”, explica Enio Shishido, Superintendente Executivo do Fibra. “Um bom exemplo disso é utilizar instrumentos de derivativos para a proteção das exposições de preços de commodity e/ou do dólar.”

Novos mercados

Outra oportunidade a ser observada para o futuro é a de novos mercados. Embora o café seja sempre precificado como uma commodity, é preciso olhar para o consumidor final e buscar nichos que possam direcionar a produção. A oportunidade está em explorar as possibilidades de valor agregado, cada vez mais valorizado pelo público.

“São aspectos como rastreabilidade, sustentabilidade, responsabilidades ambiental e social que vêm ganhando atenção e precisam ser explorados adequadamente”, avalia Barabach. “É uma questão de desenvolver produtos já pensando no consumidor final. A cadeia produtora tem que ficar atenta a nichos e conceitos sobre como o café vem sendo consumido para, a partir daí, desenvolver produtos que atendam a novas demandas.”

Diante dos desafios futuros do mercado de café, a parceria financeira se apresenta como um fator determinante para o sucesso. Isso vale para todos que atuam na cadeia produtiva. Diferenciais como agilidade, soluções customizadas e atendimento humanizado fazem toda diferença e são atributos que o Fibra faz questão de preservar.

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